O Niassa Lion Project (NLP), uma das entidades envolvidas em projectos ambientais na Reserva Especial do Niassa, na fronteira entre as províncias moçambicanas de Niassa e Cabo Delgado, anunciou a retomada das suas actividades após um ataque terrorista ocorrido em Abril.
O ataque resultou na morte de colaboradores do NLP e na destruição das instalações da zona de caça de Kambako, que se acredita terem sido vandalizadas pelos mesmos grupos terroristas islamitas responsáveis pelos recentes actos de violência em diversos distritos de Cabo Delgado.
A área de Kambako, embora localizada na província de Cabo Delgado, faz parte da Reserva Especial do Niassa e situa-se próxima aos distritos de Meluco, Montepuez e Mueda. Durante a invasão, os atacantes também sequestraram um número indeterminado de pessoas.
De acordo com uma mensagem publicada na conta de Facebook do Niassa Lion Project, já se iniciaram os trabalhos para a recuperação do Centro Ambiental de Mariri. A organização reconhece, porém, que a restauração total das infraestruturas será um processo longo.
“Estamos de volta ao ponto de partida, e ao entrar com sete veículos, avistámos elands, impalas, elefantes, búfalos, leões e hienas. A fauna recuperou substancialmente desde a nossa última presença na área, em parceria com Mbamba e a Reserva Especial do Niassa”, lê-se na declaração.
A entidade reiterou o seu pesar pela perda de quatro colaboradores durante a incursão terrorista.
A Reserva Especial do Niassa abriga seis blocos de caça geridos por empresas privadas, sendo Kambako um dos maiores operadores de caça em Moçambique.