Internacional Putin afirma que Ucrânia não será excluída de negociações de paz

Putin afirma que Ucrânia não será excluída de negociações de paz

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou que a Ucrânia não será excluída das futuras negociações de paz que envolvem os Estados Unidos, desqualificando as recentes afirmações do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, como “histeria”. 

A declaração foi feita durante uma conversa com repórteres após uma visita a um complexo industrial de defesa em São Petersburgo.

Putin sublinhou que as negociações avançaram nas últimas semanas, com delegações dos EUA e da Rússia reunindo-se na Arábia Saudita na passada terça-feira (18), para debater o tema. Contudo, o líder russo ressaltou que um progresso real nas discussões mediadas por Washington só poderá ser alcançado se forem restauradas boas relações entre os dois países.

“Eles querem se sentar à mesa de negociações e serem mediadores entre a Rússia e os Estados Unidos?”, questionou Putin, referindo-se às críticas de Zelensky e de autoridades europeias que têm contestado o formato actual das negociações, o qual exclui a Ucrânia. O presidente russo acrescentou: “Por que ficar histérico aqui? Histeria é inapropriada”.

Putin também revelou que, numa conversa telefónica com Donald Trump no dia 12 de Janeiro, o presidente dos EUA garantiu que a Ucrânia participará das discussões. “O processo de negociação ocorrerá com a participação da Rússia e da Ucrânia. Ninguém vai excluir a Ucrânia deste processo”, afirmou.

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Contudo, é importante notar que as mais recentes discussões sobre a guerra na Ucrânia ocorreram sem a presença de representantes ucranianos, levando a críticas acentuadas por parte de Zelensky e de líderes europeus que exigem um lugar à mesa de negociação.

As tensões aumentaram ainda mais após Zelensky expressar a sua recusa em aceitar qualquer acordo que não envolvesse a sua presença e a de aliados europeus. Em resposta, Trump manifestou o seu descontentamento com as declarações do presidente ucraniano, chegando a classificá-lo de “ditador” e alertando-o de que poderia perder o seu país caso não tomasse medidas rápidas.