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Jair Bolsonaro classifica-se como perseguido político e acusa Brasil de viver sob ditadura

O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro manifestou-se nas redes sociais, afirmando ser um perseguido político e denunciando a existência de uma ditadura no Brasil. 

As suas declarações surgem logo após a Procuradoria-Geral da República (PGR) ter formalizado uma acusação contra ele, relacionada com tentativa de golpe de Estado e formação de uma organização criminosa armada.

Na sua publicação na rede social X, Bolsonaro alegou que o cenário político actual no Brasil é um reflexo de práticas autoritárias, afirmando que “o mundo está atento ao que se está a passar”. O ex-chefe de Estado criticou as acusações contra líderes da oposição, considerando-as uma estratégia comum em regimes totalitários para justificar perseguições, censura e prisões arbitrárias.

Embora não tenha mencionado directamente o actual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, Bolsonaro reforçou a ideia de que o Brasil está a viver sob um regime que tenta sufocar a liberdade de expressão e silenciar vozes dissidentes. O antigo presidente comparou a situação do país a regimes autoritários na Venezuela, Cuba, Nicarágua e Bolívia, afirmando que “o Brasil está a repetir a cartilha desses países de regimes autoritários”.

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As acusações apresentadas pela PGR referem que, após a sua derrota nas eleições presidenciais de 2022, Bolsonaro teria idealizado e tentado implementar um plano para subverter a ordem institucional, um processo que, segundo a PGR, não se concretizou devido à recusa de dois dos três chefes militares em se juntarem à revolta.

Além disso, a Procuradoria-Geral da República alegou possuir provas de que Bolsonaro teria apoiado um plano de generais ligados a ele para assassinar o então presidente-eleito, Lula da Silva, o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, e o juiz Alexandre de Moraes, que actualmente é o relator dos processos que envolvem o ex-presidente.