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Imran Khan alega conspiração política e condenações para bloquear seu retorno à liderança

Imran Khan, antigo primeiro-ministro do Paquistão e estrela do críquete, denunciou os múltiplos julgamentos que enfrenta como uma estratégia orquestrada para obstruir o seu regresso à liderança do país. 

Desde Agosto de 2023, Khan encontra-se detido e, segundo a sua perspectiva, está a ser alvo de um golpe político, especialmente após a sua ruptura com o exército, que, segundo especialistas, foi crucial para a sua ascensão ao poder entre 2018 e 2022.

Líder do Movimento Paquistanês pela Justiça (PTI), que se destaca como o maior partido no parlamento, Khan viu o seu partido ser excluído da coligação governamental que emergiu das eleições de Fevereiro de 2024. O ex-primeiro-ministro sublinha que esta ação é uma tentativa de “privar as pessoas dos seus direitos básicos e da democracia”, caracterizando o actual governo como “um governo fantoche”.

Aos 72 anos, Khan sofreu um dos seus maiores revés há apenas uma semana, quando foi declarado culpado de desvio de fundos relacionados com a fundação Al-Qadir Trust, criada em 2018. As acusações indicam que ele e a sua esposa, Bushra Bibi, obtiveram um terreno avaliado em 23,3 milhões de euros através de um alegado suborno do magnata imobiliário Malik Riaz Hussain.

Este último já havia chegado a um acordo com a Agência Nacional do Crime do Reino Unido para repatriar 190 milhões de libras (cerca de 233,3 milhões de euros) para o Governo paquistanês, num caso de lavagem de dinheiro, com o gabinete de Khan a aprovar que o montante retornasse à conta de Hussain, supostamente em troca do terreno.

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Os advogados de Khan anunciaram que um recurso foi apresentado e que o tribunal deverá agendar uma nova audiência em breve. “Apresentámos um recurso e, nos próximos dias, o tribunal vai processar o pedido e marcar uma data para uma nova audiência”, declarou Khalid Yousaf Chaudhry à agência de notícias francesa AFP.

Imran Khan, que tem visto quatro condenações anteriores anuladas em recurso, manifestou a sua intenção de não aceitar qualquer tipo de acordo ou redução da pena. Na semana passada, a sua esposa foi libertada, mas na mesma noite foi detida e colocada na mesma prisão que Khan.

Adicionalmente, um painel de peritos da ONU denunciou a detenção de Khan como arbitrária e apelou à sua libertação imediata. Para assinalar a luta contra o que considera uma injustiça, Khan pediu aos seus apoiantes que marquem “um dia negro” a 8 de Fevereiro, data em que se comemora o primeiro aniversário da eleição do actual governo.