As autoridades de Vanuatu anunciaram, na quarta-feira, a declaração do estado de emergência, em resposta ao sismo de magnitude 7.3 que atingiu o país insular na terça-feira, resultando na morte de pelo menos 14 pessoas e mais de 200 feridos.
O estado de emergência, segundo um comunicado do Governo, estará em vigor até 24 de Dezembro e visa facilitar a mobilização de recursos para a assistência às vítimas da catástrofe. A capital, Porto Vila, foi a localidade mais afectada, onde foram registadas as 14 mortes.
Segundo o gabinete de gestão de catástrofes de Vanuatu, a situação é crítica, com muitos feridos e desaparecidos. O número de vítimas mortais pode aumentar à medida que as equipas de resgate continuam os trabalhos nas áreas mais afectadas.
Informações preliminares indicam que pelo menos dez edifícios na cidade, que tem uma população de cerca de 50 mil habitantes, sofreram danos estruturais significativos. Entre as infraestruturas danificadas estão as embaixadas dos Estados Unidos, do Reino Unido e da Nova Zelândia.
O aeroporto de Porto Vila permanece encerrado, com a excepção de voos humanitários, dificultando ainda mais a resposta à emergência. O Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) estima que cerca de 116 mil pessoas tenham sido afectadas pelo sismo, revelando que as telecomunicações estão interrompidas em várias regiões do arquipélago.
Os danos em estradas, pontes e outras infraestruturas têm dificultado o acesso a algumas áreas, complicando os esforços de socorro. O principal hospital da capital também sofreu danos, levando à instalação de tendas no exterior para prestar assistência aos pacientes necessitados.
O sismo foi registado às 12:47 (01:47 em Lisboa) de terça-feira, com o epicentro localizado a aproximadamente 30 quilómetros a oeste de Porto Vila e um hipocentro a 57,1 quilómetros de profundidade, segundo informações do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS).

















