O pai e a madrasta da menina Sara Sharif foram condenados a prisão perpétua na terça-feira, após serem considerados culpados pelo assassinato da criança de 10 anos, resultado de anos de abusos sistemáticos.
O juiz do caso, ao proferir a sentença, descreveu a morte de Sara como “o ápice de anos de negligência, agressões frequentes e o que só pode ser classificado como tortura”. Ele destacou que a crueldade a que a criança foi submetida, especialmente por parte do pai, Urfan Sharif, era de uma gravidade inacreditável.
Na semana passada, Urfan Sharif, de 42 anos, e Beinash Batool, de 30, foram considerados culpados pelo homicídio da menina. O tio da criança, Faisal Malik, de 29 anos, também foi condenado, sendo considerado culpado por provocar ou permitido a morte de Sara.
O tribunal ouviu que, durante um período que se estendeu por pelo menos dois anos, Sara sofreu uma série de abusos terríveis. Os médicos relataram que a menina apresentava 25 ossos partidos, queimaduras de ferro, marcas de escaldão nos pés e sinais de mordidas humanas.
Preocupados com a condição de Sara, alguns professores chamaram a atenção dos serviços sociais, ao notarem hematomas no corpo da menina.
Entretanto, surpreendentemente, a decisão tomada foi a de não investigar a situação familiar. Meses depois, a criança foi brutalmente assassinada, o que levanta questões sobre a eficácia das intervenções dos serviços de protecção à infância na Inglaterra.

















