Internacional Indulto presidencial em Angola levanta suspeitas de “branqueamento” de imagem

Indulto presidencial em Angola levanta suspeitas de “branqueamento” de imagem

O recente indulto concedido pelo Presidente de Angola, João Lourenço, a 51 pessoas em conflito com a lei, incluindo activistas e figuras proeminentes, tem sido alvo de críticas e suspeitas.

A medida, que entrará em vigor no primeiro dia de 2025, é vista por alguns como uma tentativa de melhorar a imagem do presidente.

Entre os perdoados está José Filomeno de Sousa dos Santos “Zénu”, filho do ex-presidente José Eduardo dos Santos, condenado por crimes de peculato, burla e tráfico de influências. Também figura na lista a influenciadora digital “Neth Nahara”, condenada por ofensas ao presidente na rede social TikTok.

O indulto também abrange activistas como Abrão Pedro dos Santos “Pensador” e outros, que estavam presos há mais de um ano por ultraje e injúrias ao chefe de Estado durante um protesto de mototaxistas. As famílias dos activistas expressaram satisfação pela libertação, mas destacaram a injustiça das detenções.

Simão Cativa, activista e amigo dos presos, criticou a decisão, afirmando que o indulto deveria ter ocorrido antes do que considera uma punição injusta. “A política é suja. Não sei o que está por trás dessa decisão do Presidente João Lourenço”, disse Cativa, sugerindo que se fosse uma ação genuína, teria sido tomada mais cedo.

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Juristas também questionaram o indulto, argumentando que os activistas não deveriam ter sido incluídos no perdão presidencial, levantando dúvidas sobre as motivações por trás da decisão.