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Governo moçambicano alerta para ligações terroristas em atos de vandalismo e promete responsabilizar envolvidos

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Pascual Ronda, ministro do Interior, condena a destruição de infra-estruturas e apela à serenidade, enquanto forças de segurança intensificam ações para restaurar a ordem.

O Governo de Moçambique atribuiu, esta terça-feira, possíveis ligações entre os recentes actos de vandalismo e grupos terroristas, alertando para um ataque directo à estabilidade e segurança do país. O ministro do Interior, Pascual Ronda, condenou os episódios de violência, destacando que representam uma ameaça grave à democracia e ao bem-estar social.

Segundo o ministro, os ataques coordenados contra infra-estruturas públicas e privadas, incluindo escolas, hospitais e tribunais, bem como as acções de bloqueio de estradas e saques a estabelecimentos comerciais, são actos que ultrapassam o direito de manifestação pacífica.

“Desordem pública e terrorismo urbano”

Ronda afirmou que as manifestações recentes se transformaram em desordem pública e alertou para a possibilidade de estarem associadas a grupos terroristas.

“Não podemos ignorar o carácter organizado destes ataques. Há sinais claros de que podem estar ligados a células terroristas, com estratégias semelhantes às observadas em Cabo Delgado”, disse o ministro, referindo-se à insurgência armada naquela província do norte do país.

Reacção das forças de defesa e segurança

O governo reforçou o apelo à ação imediata das forças de defesa e segurança para controlar a situação e responsabilizar os autores dos actos de violência.

“As forças de defesa e segurança vão actuar com firmeza, dentro dos limites da lei, para restaurar a ordem pública e garantir que os responsáveis por liderar ou participar destas acções sejam devidamente identificados e responsabilizados através dos mecanismos legais”, acrescentou Ronda.

O ministro pediu ainda à população para colaborar com as autoridades, denunciando movimentações suspeitas e contribuindo para a preservação da ordem.

Prejuízos e impactos sociais

Os distúrbios já causaram prejuízos significativos, afectando serviços essenciais e comprometendo a circulação de pessoas e bens. Entre as infra-estruturas destruídas estão edifícios governamentais, postos policiais, estabelecimentos penitenciários, escolas e hospitais.

O impacto económico também é grave, com perdas materiais ainda por contabilizar, enquanto os cidadãos continuam a enfrentar dificuldades devido à interrupção de serviços básicos.

Apelo à calma e diálogo

O Governo apelou à calma e pediu que as diferenças políticas sejam resolvidas de forma pacífica e dentro da legalidade. Pascual Ronda também exortou os líderes políticos, religiosos e comunitários a promoverem a reconciliação e a paz no país.

“Precisamos de unidade nacional para superar esta crise. Ninguém deve destruir o país sob qualquer pretexto ou para alcançar o poder de forma ilegítima”, afirmou o ministro.

Monitorização contínua e medidas adicionais

As autoridades continuam a monitorizar a situação e alertaram a população para a necessidade de vigilância e denúncia de comportamentos suspeitos.

“Não podemos permitir que estes actos se consolidem como terrorismo urbano. O governo está preparado para responder a qualquer tentativa de desestabilização”, concluiu Ronda.

As forças de defesa e segurança já reforçaram a presença nas áreas mais afectadas e prometeram continuar as investigações para identificar os responsáveis pelos ataques e actos de vandalismo.