Nos últimos dois meses, o Sudão tem sido severamente afectado por chuvas torrenciais, resultando na morte de pelo menos 65 pessoas e no impacto directo sobre mais de 112.000 famílias, segundo fontes oficiais.
O comissário de Trabalho Humanitário do Governo do Sudão, Adam Sadiq, revelou, em uma conferência de imprensa, que as chuvas têm causado danos significativos em 22 localidades espalhadas por sete estados do país.
Sadiq descreveu a situação como “difícil”, enfatizando que as chuvas deste ano foram particularmente intensas em vários estados. Ele destacou a necessidade de um “grande esforço por parte da liderança do Estado” para lidar com a crise actual.
O Sudão enfrenta ainda um conflito armado desde Abril de 2023, que desencadeou uma das piores ondas de deslocados no mundo. A temporada de chuvas, que se estende por quase quatro meses a partir de Julho, frequentemente provoca estragos, prejudicando a população e a já debilitada infra-estrutura do país, que tem sido atormentado por guerras sucessivas durante décadas.
Além dos danos materiais e humanos, a acumulação de água aumenta o risco de surtos de doenças infecciosas, como a cólera. Esta é uma das principais preocupações das autoridades e das organizações humanitárias, que enfrentam dificuldades em acessar as áreas afectadas e em garantir a disponibilidade de vacinas devido ao conflito em curso.
Os números da ONU indicam que 2020 foi um dos anos mais devastadores para o Sudão, com pelo menos 138 mortos devido a inundações, mais de 900.000 pessoas afectadas e 2,2 milhões de hectares de terras agrícolas destruídos.















