A Polícia da República de Moçambique (PRM) reagiu ontem a um sequestro ocorrido na manhã desta quarta-feira (27) na cidade de Maputo. Julião Job, correspondente da PRM, reporta directamente do comando da polícia, onde recolheu detalhes sobre o incidente.
Por volta das 8 horas da manhã, um cidadão moçambicano de 45 anos, de origem asiática, foi interceptado enquanto se preparava para abrir o seu estabelecimento comercial. Leonel Moina, porta-voz da PRM, revelou que o crime envolveu pelo menos seis indivíduos, alguns dos quais estavam armados. Durante a ação, um dos funcionários do empresário foi baleado ao tentar prestar auxílio. A vítima foi socorrida e levada a uma unidade sanitária, onde se encontra fora de perigo.
A PRM, em conjunto com outras forças de segurança, está empenhada em esclarecer o caso e encontrar os responsáveis. “Estamos a trabalhar diligentemente para resolver este crime. Temos pistas que podem levar ao esclarecimento do caso e apelamos à população para que se mantenha vigilante e denuncie qualquer movimentação suspeita nos seus bairros”, afirmou Leonel Moina.
As autoridades têm consciência de que os sequestros são crimes organizados que exigem premeditação e estudo do local ideal para a sua execução, longe da vigilância policial. “Os criminosos escolheram um momento em que não havia policiamento no local, mas estamos comprometidos em garantir a segurança dos cidadãos e dos seus bens”, acrescentou Moina.
Apesar das críticas sobre a demora na resposta policial e a proximidade do local ao Ministério do Interior, Moina esclareceu que a polícia tem frustrado vários sequestros ao longo do último ano através da colocação estratégica de agentes em áreas de prevenção criminal. “No ano passado e neste ano, conseguimos frustrar pelo menos cinco sequestros, graças à nossa estratégia de vigilância”, afirmou.
Sobre os rumores de que uma arma de fogo usada no crime pertencia à polícia. Moina desmentiu categoricamente, afirmando que a arma utilizada era uma pistola, conforme indicado pelo invólucro encontrado no local.
A PRM assegura à população que todas as medidas estão a ser tomadas para resolver o caso e garantir a segurança na cidade de Maputo. As investigações continuam e a polícia promete manter o público informado sobre novos desenvolvimentos.