Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, foi formalmente acusado pela Polícia Federal (PF) por supostamente falsificar seu boletim de vacinas durante a pandemia da Covid-19.
De acordo com as investigações, Bolsonaro teria forjado registros de vacinação para aparentar ter recebido a vacina contra o Coronavírus, supostamente para poder viajar para os Estados Unidos. Essa acusação veio à tona após mais de um ano de investigações conduzidas pela PF.
O ex-presidente foi indiciado por crime de participação em organização criminosa e inserção de dados falsos em sistema público. A investigação apontou que pessoas ligadas a Bolsonaro teriam inserido informações falsas no sistema do Ministério da Saúde, indicando que ele havia sido vacinado contra a Covid-19.
No entanto, há evidências de que Bolsonaro nunca recebeu o imunizante e, ao longo de seu mandato, fez declarações contrárias à vacinação, chegando a disseminar desinformação sobre os efeitos das vacinas.
Além dessa acusação, Bolsonaro já enfrenta mais de vinte processos no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A possibilidade crescente de ser preso em decorrência desses processos levou o ex-presidente a pedir publicamente, durante um evento em São Paulo, que o Congresso aprove uma anistia que o livre de eventuais condenações.
O Ministério Público agora irá analisar a acusação contra Bolsonaro e decidir se concorda com as investigações. Se concordar, o caso será encaminhado à justiça para que seja avaliada a possibilidade de tornar Bolsonaro réu.
Além de Bolsonaro, outras pessoas foram acusadas pela PF de participar da falsificação do boletim de vacinas do ex-presidente.
Entre elas está o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante-de-ordens da presidência, que chegou a ser preso no ano anterior sob acusações de envolvimento em outros crimes, mas foi libertado após começar a colaborar com as autoridades fornecendo informações relevantes, inclusive sobre Bolsonaro, em troca de redução de pena em futuras condenações.