O governador da província de Nampula, Eduardo Abdula, iniciou uma série de rusgas aos postos administrativos municipais, em resposta a denúncias de cobranças ilícitas na submissão de projectos ao Fundo de Desenvolvimento Económico Local (FDEL).
As queixas, apresentadas por cidadãos e associações locais, indicam que, em diversos pontos da cidade e em alguns distritos da província, estão a ser exigidos pagamentos para o preenchimento e encaminhamento de projectos. Além disso, surgiram relatos sobre a existência de centros clandestinos de preparação que operam em conluio com indivíduos envolvidos no processo de selecção e adjudicação, o que compromete a transparência do fundo.
Diante da gravidade das acusações, Abdula convocou reuniões urgentes com as autoridades municipais e distritais, ordenando que todos os chefes de postos administrativos sejam chamados a prestar contas. “Não podemos permitir que este fundo, criado para apoiar os mais pobres e dinamizar a economia local, seja capturado por esquemas de corrupção”, afirmou o governante.
Conforme relatado pelo Jornal Rigor, o dirigente enfatizou que os mecanismos de fiscalização serão reforçados para assegurar que os recursos cheguem efectivamente às comunidades. “A prioridade é proteger os cidadãos mais vulneráveis e garantir que as oportunidades sejam distribuídas de forma justa”, acrescentou.
O governador confirmou que novas acções de fiscalização estão em preparação, mas não avançou detalhes sobre os locais a serem visitados, justificando a necessidade de “evitar alertar a rede” que se pretende desmantelar.
