O presidente do partido Anamola, Venâncio Mondlane, defende a participação nos próximos pleitos eleitorais e a promoção da aprovação de uma nova Constituição da República que estabeleça um regime político semi-presidencialista.
Em entrevista à Agência Lusa, Mondlane expressou o seu desejo de que Moçambique possa ter uma Constituição nova, ao invés de reformas fragmentadas.
Em Agosto, o partido Anamola, que Mondlane fundou e lidera, foi legalizado pelas autoridades governamentais, após o seu lançamento no mês anterior. O partido já está a trabalhar na elaboração de uma proposta de revisão constitucional, com o auxílio de amigos, consultores de direito e académicos de Moçambique, Angola, Brasil e Portugal. Um esboço da nova Constituição está em fase de finalização.
Mondlane argumenta que um sistema político semi-presidencial seria extremamente positivo para o país. O político acredita que uma nova Constituição deve garantir a autonomia financeira e a verdadeira independência do judiciário em relação ao executivo, o que representaria um grande avanço para Moçambique.
Além disso, o líder do Anamola sublinha a necessidade de um Parlamento produtivo, que funcione como um verdadeiro poder legislativo, em vez de apenas validar iniciativas do Governo. Mondlane considera que, se estes três objectivos estratégicos forem alcançados, Moçambique dará um grande passo em frente.
O presidente do Anamola admite que levar o partido às eleições autárquicas de 2028 e gerais de 2029 é um desafio, mas não o maior. Ele já manifestou a intenção de concorrer novamente ao cargo de Presidente da República, caso o partido assim o decida.