O Diretor Nacional de Saúde Pública, Dr. Quinhas Fernandes, anunciou que a epidemia de cólera ainda persiste nas regiões centro e norte de Moçambique.
“Neste momento, temos surtos ativos na região centro e norte do país, abrangendo 32 distritos, nomeadamente Nampula (5); Cabo Delgado (6); Tete (7); Zambézia (2); Sofala (4); Niassa (4) e Manica (4)”, disse Fernandes.
Quanto à evolução da epidemia nas últimas 24 horas, a fonte indicou que o país registou um total de 66 casos, dos quais 28 (42,4%) ocorreram em Nampula, 13 (19,7%) na Zambézia, 10 (15,2%) em Tete, 10 (11,5%) em Cabo Delgado, 3 (4,5%) em Manica e 2 (3%) em Sofala.
Desde o dia 1 de outubro de 2023 até às 07h00 do dia 24 de fevereiro corrente, as autoridades sanitárias contabilizaram um total de 12.301 casos de cólera, com 27 óbitos, resultando numa taxa de letalidade de 0,2%.
Dos 43 distritos afetados desde o início do surto, 11 já foram declarados livres de cólera. Além disso, em seis distritos não foram registados casos de cólera há mais de 15 dias, observando-se uma tendência de estabilização no número de casos e distritos afetados.
“Ainda assim, devido estarmos no auge da estação chuvosa e ciclónica, apelamos ao reforço das medidas de prevenção, como a lavagem das mãos com água e sabão, especialmente após o uso de instalações sanitárias e antes das refeições, o consumo de água tratada e o tratamento adequado dos dejetos.
Quanto à Covid-19 e outras infeções respiratórias agudas no país, a fonte tranquilizou e assegurou que a situação é estável.
De acordo com informações disponíveis, entre a semana epidemiológica 01 e 25 de fevereiro de 2024, foram testadas 2.665 amostras, das quais 108 foram positivas, resultando numa taxa de positividade de 4%.
As províncias que mais realizaram testes foram a cidade de Maputo, Maputo e Sofala, sem registo de óbitos.
“Portanto, neste momento não há motivos para preocupação em relação à Covid-19, exceto pela necessidade de cumprimento das medidas de prevenção”, enfatizou.
“Os dados acima mencionados indicam que o cenário atual não é preocupante, apesar do número limitado de testes. Portanto, enfrentamos o desafio de intensificar a vigilância epidemiológica, aumentando a testagem e o rastreamento de casos positivos”, concluiu.
