A Hidroelétrica de Cahora Bassa (HCB), em Moçambique, atingiu, em 2022, a maior produção elétrica dos últimos cinco anos e cresceu 5,1 por cento face a 2021, para 15.mil 753,5 GigaWatt-hora (GWh), segundo dados do relatório e contas.
Segundo o documento citado pela Lusa, disponibilizado nos últimos dias aos investidores e ao qual a Lusa teve acesso, o pico de produção da hidroelétrica compara-se com o verificado em 2015, quando atingiu a produção total de 16 mil 978,4 GWh.
“Como corolário da performance operacional, em 2022, a HCB arrecadou receitas acima de 27 mil milhões de meticais. Cerca de 2 mil 700 milhões de meticais foram canalizados para o Estado em forma de ‘fees’ de concessão, aproximadamente 5 mil 100 milhões de meticais em forma de impostos e mais de 3 mil 700 milhões de meticais de dividendos foram pagos aos acionistas da série A e B, valores acima da percentagem recomendada pelos estatutos da empresa”, lê-se no documento.
Deste modo, a HCB fechou o ano de 2022 com 780 trabalhadores e lucros de 9 mil 207 milhões de meticais, um aumento de 9,3 por cento face a 2021.
“O “27 de Novembro”, Dia da Reversão, representa um marco de reflexão sobre o desempenho de Cahora Bassa, que tem sido excelente e demonstra o seu papel preponderante como dinamizador e âncora da matriz energética nacional e regional, bem como do desenvolvimento de Moçambique, assentes na contribuição que presta à economia, no pagamento de impostos, taxas e dividendos que concorrem para o desiderato da materialização dos projectos do Estado”, refere o presidente do conselho de administração da HCB, Boavida Lopes Muhambe, numa mensagem que consta do documento.