Ao menos 2.862 pessoas morreram e outras mais de 2.500 ficaram feridas em consequência de um terremoto de magnitude 6,8 na escala Richter ocorrido no Marrocos na noite de sexta-feira (08), com epicentro registrado na cidade de Ighil, a cerca de 70 quilômetros a sudoeste da cidade turística de Marrakech.
Os números, atualizados na segunda-feira (11), são do Ministério do Interior. Trata-se do mais intenso abalo sísmico em 120 anos da história do país do norte africano, e o saldo total de mortos e feridos deve aumentar à medida em que equipes de resgate avançam sobre regiões mais remotas nas áreas montanhosas do país.
Foram registradas mortes nas províncias e cidades de Al Haouz, Marrakech, Ouarzazate, Azilal, Chichaoua e Taroudant.
O terremoto também foi sentido nas cidades costeiras de Rabat, Casablanca e Essaouira, assim como em outros países: Argélia, Espanha e até em Portugal.
Nas redes sociais, os marroquinos compartilharam várias fotos e vídeos mostrando prédios danificados e desabados, alguns com pessoas feridas ou aparentemente mortas sob escombros.
No entanto, vários edifícios no centro histórico de Marrakech, Patrimônio Mundial da Unesco, foram danificados pelo terremoto.
Segundo um boletim de alerta emitido pelo Instituto Nacional de Geofísica do Marrocos, o terremoto de magnitude 6,8 atingiu a região de Marrakesh, no norte do país, às 23h11 (horário local).
Testemunhas relataram à agência de notícias EFE que o terremoto foi sentido em cidades do norte, como Larache, a 550 km do epicentro, bem como em Casablanca e a capital, Rabat, a 300 quilômetros e 370 quilômetros de distância, respectivamente, onde os moradores foram às ruas para evitar os efeitos de possíveis réplicas.
O rei Mohammed 6º declarou três dias de luto nacional.
Em 2004, um terremoto no nordeste de Marrocos matou pelo menos 628 pessoas e feriu 926. Em 1980, um terremoto de magnitude 7,3 sacudiu a vizinha Argélia, matando 2.500 pessoas.















