O navio ambulância Ocean Viking, fretado pela SOS Méditerranée, resgatou mais de 400 migrantes em perigo ao largo da Líbia e da Tunísia, após quase dez horas de operação “non-stop” entre 24 e 25 de agosto, anunciou sexta-feira a ONG humanitária com sede em França.
No total, “438 sobreviventes estão atualmente a bordo”, afirmou a ONG na sua conta da rede social X (antigo Twitter), depois de ter anunciado anteriormente o resgate de “272 pessoas” de três embarcações na quinta-feira.
Entre os migrantes encontram-se “32 menores não acompanhados, nove bebés e cinco pessoas com deficiência”, de “23 nacionalidades” diferentes.
Na sexta-feira, a SOS Méditerranée confirmou ter recuperado mais 166 pessoas depois de ter prestado “assistência a várias embarcações em perigo e evacuado sobreviventes em coordenação com a guarda costeira italiana, na zona de busca e salvamento entre a Tunísia e Lampedusa”.
Após quase dez horas de operações sem paragens em águas internacionais, o navio dirigiu-se para “Génova (norte de Itália), o porto seguro remoto designado pelas autoridades italianas para desembarcar os sobreviventes”, anunciaram em nova publicação na rede social X.
De acordo com a organização humanitária, os sobreviventes receberam os primeiros socorros das equipas da SOS Méditerranée e da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, no navio ambulância Ocean Viking. Ainda são desconhecidas mais informações sobre o estado de saúde dos 438 sobreviventes que seguiam a bordo.
O Ocean Viking tinha deixado o porto de Siracusa, na Sicília, em Itália, a 22 de agosto, para mais uma operação de assistência no mar, depois de ter sido retido durante dez dias a 11 de julho pelas autoridades italianas, que o acusaram de falhas de segurança.
No entanto, a 21 de julho foi levantada a detenção que o permitiu prosseguir com mais operações de resgate de diversas embarcações em perigo e salvar mais de mil migrantes que seguiam a bordo.
O Mediterrâneo central é considerado a rota migratória mais perigosa do mundo, segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM). Desde o início de 2023, a organização estima que cerca de dois mil migrantes tenham desaparecido ali, em comparação com 1.417 do ano anterior.