O Presidente de Madagáscar, Andry Rajoelina, anunciou a dissolução da Assembleia Nacional através de um decreto, numa manobra que ocorre antes de uma votação prevista para a sua destituição.
Esta decisão foi tomada numa altura em que Rajoelina enfrenta contestação popular desde 25 de Setembro e se encontra em um local incerto.
Rajoelina havia afastado a possibilidade de demissão, apelando ao “respeito pela Constituição” em sua primeira declaração desde que se afastou do público. Os seus comentários surgem após o apoio dos militares aos protestos que têm agitado o país nos últimos dias.
O decreto de dissolução, divulgado na página do Facebook da presidência, cita o artigo 60.º da Constituição como base legal para esta acção. A autenticidade do documento foi confirmada à agência de notícias France-Presse (AFP) por assessores do Presidente.
A situação em Madagáscar continua a ser tensa, com a população manifestando descontentamento e exigindo mudanças no governo. A dissolução da Assembleia Nacional levanta questões sobre os próximos passos políticos no país e a possibilidade de uma nova estrutura governativa a ser estabelecida por Rajoelina.