Cerca de 80 mil cidadãos tomaram as ruas de Bruxelas manifestando-se contra os cortes orçamentais impostos pelo Governo de Bart De Wever, líder do partido conservador flamengo.
A manifestação gerou diversos actos de vandalismo, incêndios e confrontos com a polícia, resultando na detenção de várias pessoas.
Os protestos foram organizados pelos principais sindicatos e coincidiram com uma greve geral que paralisou os serviços públicos e a rede de transportes em todo o país, incluindo metro e autocarros. A situação levou ao cancelamento de vários voos, devido à escassez de pessoal nos aeroportos.
Bart De Wever, que assumiu o cargo de primeiro-ministro no início de Fevereiro, já estabeleceu um limite de dois anos para o subsídio de desemprego e planeia uma extensa reforma das pensões, com a abolição de regimes especiais e a uniformização das condições entre funcionários públicos e do sector privado.
Nos cartazes dos manifestantes, destacavam-se frases como “Direito à reforma aos 65 anos” e “Procurados por roubo de pensões”, acompanhadas de faixas e bandeiras sindicais.