O diplomata grego Vassilis Papadopoulos, ex-embaixador em Kiev, considera que os ucranianos estão a combater pela manutenção da independência do seu país, evitar uma assimilação pela Rússia e a imposição de um regime indesejado.
“Acredito na Ucrânia, sei exatamente o que se passou quando lá estive, asseguro que Maidan [no decurso inverno de 2013/2014] foi uma revolta genuína e o motivo é simples: os ucranianos aprenderam nas duas ou três últimas décadas que preferem viver num regime democrático e liberal, que [o Presidente da Rússia Vladimir] Putin condena, face a um regime semelhante ao que existe em Moscovo”, indicou em entrevista à Lusa Vassilis Papadopoulos, 63 anos, que assumiu funções em Lisboa em dezembro passado.
Diplomata, escritor e poliglota – para além da sua língua materna domina o francês, inglês, espanhol e russo – esteve destacado na Ucrânia por duas ocasiões, entre 1994 e 1996 como primeiro secretário, e como embaixador de 2013 a 2016, sendo testemunha das alterações políticas radicais que se sucederam após Maidan e que determinaram logo em 2014 a anexação da Crimeia pela Rússia e o início da rebelião secessionista russófona no Donbass.

















