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Primeiro-ministro do Mali acusou a França de promover a divisão do país pela intervenção militar

O primeiro-ministro do Mali, Choguel Kokalla Maïga, acusou na segunda-feira a França de ter dividido o seu país através da intervenção militar, uma nova acusação forte proferida perante os diplomatas presentes em Bamako.

Choguel Kokalla Maïga, que é o atual chefe do governo instalado pela junta militar que chegou ao poder após um golpe de Estado em agosto de 2020, ‘atacou’ a França durante mais de 45 minutos, diante de diplomatas, reunidos a seu pedido.

Num momento de fortes tensões entre Paris e Bamako, o chefe do governo aludiu a uma memória da Segunda Guerra Mundial: “Os norte-americanos não libertaram a França? (…) Quando os franceses julgaram que [a presença norte-americana na França] não era mais necessária, eles disseram aos norte-americanos para sair, os norte-americanos começaram a insultar os franceses?”, questionou.

Desde que a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) impôs sanções ao Mali, em 09 de janeiro, decisão apoiada pela França e vários parceiros, a junta militar bem apontando para a soberania do território.

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As autoridades malianas acusam a França de ter explorado a CEDEAO.

Para o primeiro-ministro, o objetivo é apresentar as autoridades no poder como “párias” e a curto prazo “asfixiar a economia” para alcançar “a destabilização e a derrubada das instituições da transição”.