Para que os projectos de hidrocarbonetos da Bacia do Rovuma sejam sustentáveis, o preço do gás natural deve variar entre 45 e 60 dólares no mercado internacional. A informação foi revelada, esta quinta-feira 18, em Pemba pelo PCA do Instituto Nacional do Petróleo, Carlos Zacarias.
De acordo com o regulador do sector de petróleo e gás em Moçambique, essa estimativa de preço base consta no modelo dos projectos, nomeadamente, Coral Sul, liderado pena companhia italiana Eni e Golfinho/Atum liderado pela francesa Total.
“Do ponto de vista de quem vende, seria desejável que o preço estivesse o mais alto possível, mas as coisas não funcionam dessa forma, então o preço que foi definido para cada um dos projectos, salvo o erro, deve estar entre 45 a 60 dólares”, disse Carlos Zacarias.
Entretanto, considera que ao longo dos anos há muitas variáveis que poderão contribuir para a definição do preço. De acordo com Zacarias, a primeira produção de gás do projecto Coral Sul deverá acontecer dentro de três anos e do Golfinho/Atum dentro de cinco anos.
“Naturalmente, os preços deverão manter-se, deverão estar a esse nível para que o projecto seja sustentável e caso isso aconteça, o projecto irá continuar”, considerou Carlos Zacarias, poucas horas antes do arranque de um Fórum entre o Governo e a Total.
O Fórum organizado pelo Governo e pela petrolífera Total, em Pemba, visa dar o ponto de situação do projecto Golfinho/Atum, que devido à COVID-19 teve que reprogramar as suas actividades. Preside o evento o Ministro dos Recursos Minerais e Energia.