Três mulheres, uma das quais grávida, deram entrada na manhã de ontem (13) no Hospital Central de Maputo (HCM), depois de terem inalado gás lacrimogéneo, durante os tumultos ocorridos na zona baixa da cidade de Maputo.
Segundo Celeste Macassa, chefe da equipa médica do HCM, fazendo num balanço preliminar, disse que duas vítimas chegaram à unidade sanitária registando algum pânico em consequência do susto provocado pela explosão de bombas de gás lacrimogéneo, entretanto, depois do tratamento médico as vítimas ponderam regressar ao convívio familiar.
Enquanto, a mulher gestante de 8 meses, contraiu ferimentos ligeiros devido a uma queda, igualmente, provocada pela inalação de gás lacrimogéneo. A vítima está em observação na enfermaria de ginecologia, para apurar o seu estado e do bebé.
Entretanto, as autoridades policiais da cidade de Maputo, não avançaram os dados sobre a situação de desordem que se viveu na manhã de hoje, alegando que a corporação continua no terreno a controlar a situação.
O porta-voz da polícia na capital, Leonel Muchina, garantiu que ao longo do dia haverá um informe balanço sobre a intervenção policial nestes tumultos.
A nossa equipa de Reportagem verificou que, de forma tímida, algumas viaturas de transporte de passageiros já estão a circular, pelas artérias que estiveram bloqueadas nas primeiras horas do dia de hoje.
Trata-se das avenidas Alberto Lithuli, Guerra Popular, Filipe Samuel Magaia, 25 de Setembros, Ho Chi Minh, Josina Machel, Fernão Magalhães e Zedequías Manganhela, que estiveram bloqueadas.
Estas rodovias são preferidas pelos vendedores informais que já instalaram bancas nos passeios e recusam-se a abandonar para desenvolverem as suas actividades nos 65 mercados municipais, onde mais de quatro mil bancas estão desocupadas.
