Sociedade Automobilistas detidos por suborno em Dondo

Automobilistas detidos por suborno em Dondo

Dois automobilistas, que respondem pelos nomes de Tomás Tomo, de 30 anos de idade, residente no bairro da Manga, de nacionalidade moçambicana e Naison Kumbukani, de 48 e origem zimbabweana, estão detidos na PRM no Dondo, por tentativa de suborno a agentes da Polícia de Trânsito (PT).

Eles, por volta das 11:00 horas de anteontem, foram interpelados sem a documentação exigida pelas autoridades, no posto de controlo de Dondo, mais conhecido por “balança”. Devido a essa irregularidade, tentaram corromper um agente da PT, com valores que variam de 200 a 500 meticais.

Tomás Tomo, que trabalha na transportadora Servi Car, localizada no bairro da Passagem de Nível, contou que fazia o percurso cidade da Beira-Mafambisse, carregado de um contentor vazio.

Chegado ao posto foi interpelado por um agente da Polícia de Trânsito exigiu-lhe a documentação do veículo e viu que não tinha livrete.

Tomo confessou que tentou subornar o agente com uma nota de 200 meticais. “Eu estava sem livrete porque a minha patroa comprou o camião recentemente e o livrete ainda está com a pessoa que vendeu o carro. Então tentei ver se o agente ficaria sensibilizado”, disse.

Questionado sobre por que razão anda com um camião sem livrete? Ele respondeu: “Eu tenho cópia do livrete autenticada, mas o polícia queria o livrete original”, retorquiu.

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Por sua vez, Naison Kumbukani narrou que saía do Zimbabwe, com destino à cidade da Beira. Na “balança” fizeram-lhe parar e foi-lhe exigida a comprovação da viatura e do frete, não tendo exibido a licença de transporte de carga.

Entretanto, sendo cidadão estrangeiro, a multa que deve pagar no local. Foi fixada em 10 mil meticais.

O ora detido referiu que não tinha os 10 mil meticais. Apenas possuía 500 meticais. “O polícia disse-me para dar o dinheiro e que só podia sair depois de pagar a multa. Nesse momento, pedi os 500 meticais para comprar crédito e ligar para o meu boss. Foi daí que me levaram às celas”, contou.

Já o porta-voz do comando provincial da PRM de Sofala, Daniel Macuácua, considerou que aquele comportamento é contra o que está plasmado na lei, daí que estão enquadrados no tipo de crime de corrupção activa.

Foram autuados e detidos na hora. Já foram lavrados os seus autos que irão seguir a sua tramitação legal”, disse Macuácua.

Macuácua aproveitou a ocasião para avisar aos automobilistas que não podem substituir nenhuma documentação que por obrigação devem portar, quando se fizerem às estradas, por dinheiro, pois a polícia está implacável nas suas acções de combate à corrupção.

Diário de Moçambique