Internacional Africa Zimbabwe poderá legalizar cultivo de soruma

Zimbabwe poderá legalizar cultivo de soruma

O governo do Zimbabwe está a considerar a legalização da produção da cannabis sativa, vulgo soruma, para uso medicinal como meio de atrair investidores que queiram cultivar esta planta, anunciou um ministro do governo.

O Ministro da Promoção de Investimentos, Obert Mpofu, disse que uma companhia canadiana submeteu um requerimento ao governo para produzir a droga, localmente conhecida por mbanje, numa das Zonas Económicas Especiais (SEZs), a serem criadas brevemente.

Recebemos numerosos inquéritos de investidores que querem participar nas SEZs e um deles vem de uma grande companhia internacional que quer se envolver na produção da cannabis”, disse Mpofu, citado pelo jornal estatal, Sunday News.

O Zimbabwe está no processo de criar Zonas Económicas Especiais, inicialmente em Harare, Bulawayo e Victoria Falls. As zonas vão oferecer incentivos aos investidores, incluindo isenção de algumas obrigações da lei do trabalho e das normas do empoderamento económico dos negros.

Mpofu disse aos jornalistas que ele pensou que a companhia canadiana, cujo nome ele não revelou, estava a brincar quando recebeu o inquérito deles. Isso foi antes de se aperceber que a produção da cannabis para fins medicinais é um grande negócio.

Recomendado para si:  Israel começa retirada de tropas de áreas urbanas de Gaza

Esta empresa vem do Canadá e é um dos maiores conglomerados naquele país e eles estão a produzir cannabis para fins medicinais sob estritas condições”, disse.

Não vejo nada de mal e penso que se nós legalizarmos (a produção de) mbanje iremos beneficiar em termos de medicamento, porque este produto é usado para a produção de analgésicos como a morfina”, acrescentou.

Nos termos da lei zimbabweana, a posse ou cultivo da soruma é ilegal, e é punível com pena de prisão.

Em 2015, um homem em Harare foi detido pela polícia por cultivar pequenas quantidades de cannabis na sua residência, aparentemente para tratar uma rara doença dos ossos foi condenado a 12 meses de prisão, segundo reportou o jornal The Herald.

AIM