Nacional Braço de ferro entre “chapeiros” da rota Maputo-Namaancha e ETM

Braço de ferro entre “chapeiros” da rota Maputo-Namaancha e ETM

Em protesto à entrada de dois novos autocarros da Empresa Municipal de Transportes da Matola (ETM), os transportadores semi-colectivos de passageiros da rota Maputo-Namaacha decidiram, desde ontem (03), interromper as suas actividades, alegando que a entrada destes, prejudica o negócio transportadores.

Um dos aspectos destacados pelos automobilistas reside na discrepância dos valores que os ETM cobram dos 50 meticais em detrimento dos 70 que os “chapeiros” marcam por viagem.

Outro aspecto é a questão das frequentes multas que as alfândegas, polícias de trânsito e municipal cobram aos “chapeiros”.

“Exigimos que a ETM aumente o preço dos actuais 50 para 65 meticais, porque os passageiros já não sobem os nossos carros. O valor que a ETM cobra é inferior ao nosso e isso nos “quebra” bastante. Os autocarros da ETM têm tratamento especial durante a viagem, uma vez que os agentes da Guarda Fronteira, Alfândegas e outras forças policiais não mandam parar”, disse Carlos Adriano, transportador da rota Maputo-Namaacha.

Por sua vez, João Manuel também transportador insatisfeito alegou que, “estamos a ser penalizados com a entrada em operação destes autocarros. Exigimos que eles entrem em pé de igualdade connosco no negócio. Os autocarros chegam a carregar 90 passageiros a mais, contudo não são multados por superlotação. Há injustiça porque quando nós carregamos 18 passageiros em detrimento de 15 somos multados”.

Entretanto, Jorge Tinga, presidente do Conselho Municipal da Vila da Namaacha, disse que as exigências dos transportadores privados não fazem sentido, contudo, “não podemos de um dia para o outro informar a população que estamos a subir o preço dos autocarros públicos, até porque consideramos que o valor praticado é justo para uma população de pouca renda como a nossa”, declarou.