Pelo menos sete pessoas morreram no distrito do Lago, província de Niassa, Norte de Moçambique, vítimas da cólera.
Seis amostras laboratoriais confirmaram tratar-se do vibrião colérico que provoca diarreias agudas, acompanhadas de vómitos, segundo revelaram as autoridades sanitárias, citadas hoje pelo Noticias.
O administrador do Lago, Moura Jorge, disse que 126 pessoas deram entrada no Centro de Saúde de Metangula, sede do distrito do Lago, tendo daquele número se registado três óbitos.
Os outros quatro pacientes, segundo a mesma fonte, morreram fora das unidades sanitárias.
Como mitigação, o Governo distrital tomou algumas medidas, destacando-se o isolamento dos doentes recorrendo a uma enfermaria ainda em construção; mobilização de meios humanos e materiais, designadamente vedação do local de internamentos dos doentes com lonas, abertura de latrinas melhoradas com recurso a lajes e lançamento de apelos aos funcionários e demais pessoas para apoiar as vítimas das cheias.
Algumas pessoas acreditam que mais pessoas tenham perdido a vida nos diversos povoados, sem o conhecimento das autoridades sanitárias, pelo que os números divulgados pelo Governo podem ainda subir.
Enquanto isso, o governador do Niassa, Arlindo Chilundo, esteve na passada quinta-feira na vila municipal de Metangula para se inteirar da situação e solidarizar-se com as famílias das vítimas desta mortífera doença bem como pelas enxurradas que flagelam a província.
Numa primeira avaliação da situação, Chilundo, que se reuniu com o Conselho Técnico Distrital e com a população que encontrou no Centro de Saúde de Metangula, confessou ter sentido um ambiente menos tenso, comparando com aquele que se vivia nos meados de Janeiro corrente, quando as diarreias eclodiram.