As eleições Presidenciais e Legislativas caracterizaram-se por grandes afluências de eleitores em todo o país, mas vários cenários contraditórios ao código eleitoral, mancharam este processo, tendo-se registado vários casos de fraudes, interdição de observadores, detenções e baleamentos.
Embora as mesmas, tenham decorrido num ambiente de grande afluência de eleitores, houve muitas escaramuças dentro deste processo, o que leva a opinião de alguns citadinos a afirmarem que estão arrependidos por terem votado.
De acordo com Paulo Sérgio, “nós votamos em vão, o nosso voto não vai mudar nada, por que é que esses partidos fazem campanhas e nos dizem para irmos votar, enquanto já sabem quem será o vencedor”, lamentou a fonte, enfatizando que mesmo antes do arranque das eleições, já se sabia quem seria o vencedor.
Para João Sengo, as eleições decorreram de uma forma positiva, num bom ambiente e sente-se confiante na vitória do seu partido e candidato que votou. “Estou satisfeito com a forma que a contagem preliminar que está a se desembocar, e aproveito através deste meio, para felicitar algumas províncias do nosso país, por terem feito o momento de votação numa verdadeira festa da democracia, onde houve um bom ambiente de votação, concretamente, Inhambane.
Escaramuças
O primeiro caso deu-se na Beira, Munhava, província de Sofala, onde um fiscal de mesa do MDM, teria sido baleado nas duas pernas pela polícia, segundo a vitima, por ter tentado denunciar um homem que transportava uma mochila contendo boletins de voto já utilizados e um líquido usado para limpar a tinta indelével que marca o dedo das pessoas que já votaram, mas as autoridades policiais dizem que, o caso deu-se por que o acusado, agrediu o chefe do posto no distrito de Dondo, na mesma província.
O segundo deu-se em Angoche, província de Nampula, onde um jovem ficou ferido com gravidade por um tiro disparado pela polícia, na tentativa de dispersar manifestantes junto aos postos de votação.
Com estes casos, mais uma entrevistada, apenas identificada por Clotilde, não escondeu o seu descontentamento, ao afirmar que, o processo ficou manchado com os vários casos que a fonte considerou vergonhosos.
Para Clotilde, o povo moçambicano nas próximas eleições não vai se fazer presente ou seja, não afluirá em massa como foi desta vez, justificando que, haverá muitas abstenções caso o governo não reaja sobre esses incidentes que marcaram as V eleições Gerais e Legislativas no país.