O antigo Presidente Republica de Moçambique, Joaquim Chissano, recebeu ontem, em audiência, o líder do Partido Republicano de Angola (PREA), Carlos Contreiras, com quem conversou sobre a situação política dos dois países, com destaque para a tensão político-militar se vive na província central de Sofala.
Carlos Contreiras, que se encontra em visita de trabalho no país, considera que apesar destas ameaças à paz, Moçambique registou e continua a obter ganhos importantes com o alcance do Acordo Geral de Paz, assinado em Roma, em 1992.
O encontro tinha como objectivo trocar experiências, com o patrono da Fundação Joaquim Chissano (FJC), sobre a manutenção da paz.
Segundo Contreiras a conversa com o antigo presidente moçambicano abriu novos horizontes e fez-lhe perceber os ganhos que Moçambique teve e continua a registar com o acordo geral de paz.
” A conversa que tivemos abriu novos oceanos, porque de facto estávamos, ainda, numa escuridão. Mas, graças à explicação que aqui tivemos percebemos, agora, que os moçambicanos ganharam muito com o concluir da paz”, revelou Contreiras.
Contreiras sublinhou que o trabalho que Chissano está a fazer com vista a oferecer 100 anos de paz para os moçambicanos.
Na oportunidade Contreiras apelou aos líderes africanos a espelharem-se em Chissano e a trabalharem no sentido de promoverem a paz para o continente, em geral, e seus países, em particular.
“A partir da visão de um dos arquitectos da paz em Moçambique, apelo aos demais líderes africanos e do mundo a reverem-se no espírito deste grande sábio que está a conciliar o seu grande povo a reflectir sobre a grandiosidade da paz”, solicitou.
No que concerne ao relacionamento do seu partido com a FJC, a fonte espera, futuramente, dar outros apoios para que de facto as crianças moçambicanas venham a honrar os feitos pelos quais estão a ser educados. Na penúltima visita que o dirigente do partido angolano fez à Moçambique ofereceu à fundação Joaquim Chissano material informático.
Refira-se que Contreiras já manteve contactos com os membros da Comissão Nacional de Eleições (CNE), partidos políticos e líderes religiosos.
