Politica Renamo desmente notícia de sucessão devido à saúde de Dhlakama

Renamo desmente notícia de sucessão devido à saúde de Dhlakama

A Renamo desmentiu ontem as informações postas a circular segundo as quais o líder desta formação política, Afonso Dhlakama, não está em condições de saúde para ser candidato deste partido nas eleições presidenciais previstas para 15 de Outubro próximo.

Segundo as mesmas informações, publicadas na segunda-feira, 12 de Maio, pelo semanário “Público” editado em Maputo, o actual secretário-geral da Renamo, Manuel Bissopo, os deputados Saimone Macuiana, Ivone Soares e o membro do Conselho do Estado António Muchanga são alguns dos prováveis candidatos deste partido à Presidência da República, em substituição de Afonso Dhlakama, que alegadamente está doente.

Numa reunião realizada na tarde de ontem, destacados quadros da Renamo, entre eles Manuel Bissopo, Saimone Macuiana, Ivone Soares, Jerónimo Malagueta, António Muchanga, Gania Mussagy e Viana Magalhães, todos negaram as informações, considerando que as mesmas visam dividir os membros dos partidos da oposição.

O porta-voz do presidente da Renamo, António Muchanga, reagindo à notícia, disse que “a Renamo lamenta o que está a acontecer com o jornal “Público”, tendente a dividir os membros da oposição”.

Segundo António Muchanga, parte do que se disse no jornal já tinha sido dito pela primeira vez no programa “Esta Semana Aconteceu”, da Rádio Moçambique, pelos membros do famigerado G-40.

“O que efectivamente está a acontecer, é que os membros do G-40 e os seus criadores foram apanhados em contra-pé, quando sofreram um golpe, na tarde do dia 8 de Maio, com o recenseamento do presidente Afonso Dhlakama, em Vunduzi, distrito da Gorongosa, província de Sofala”, referiu o porta-voz do líder da Renamo.

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Segundo António Muchanga, os membros do G-40 faziam parte dum esquema que apregoava o afastamento da candidatura de Afonso Dhlakama por motivos de falta de cartão de eleitor e de certidão eleitoral.

“Por isso, enquanto o presidente Dhlakama não se recenseava, não havia essas acusações todas”, disse Muchanga.

Por outro lado, a Renamo diz que o partido Frelimo tinha engendrado um outro plano, que consistia em assassinar Afonso Dhlakama no acto do seu recenseamento.
“Foi por causa disso que, embora as hostilidades tivessem parado há duas semanas, o Governo local e a Polícia ameaçavam os brigadistas para não entrarem nas zonas onde deviam fazer recenseamento na Gorongosa”, explicou Muchanga.

A Renamo acusa que, gorada a possibilidade de evitar a entrada dos brigadistas, o partido Frelimo tentou transformar alguns agentes do grupo de operações especiais da Forca de Intervenção Rápida (FIR) em brigadistas, uma tentativa que Muchanga diz ter sido frustrada.

“Gorada essa possibilidade, foram os mesmos agentes da FIR à Polícia de Protecção (PP), vulgos “cinzentinhos”, e alguns deles conseguiram entrar até onde estava o presidente Dhlakama”, disse Muchanga, que falava em exclusivo ao Canalmoz, acrescentando que “devido ao sistema de segurança que havia sido montado pela Renamo, não houve espaço para nada do que estava previsto”.