Vinte e duas pessoas morreram vítimas de malária no período compreendido entre 2011 e 2013, no distrito de Moamba, província de Maputo. No mesmo período, foram registados 28.843 casos de malária. 2012 foi o ano que mais óbitos registou, 14, seguido de 2011 com sete, e ano passado com um óbito.
A directora Distrital da Saúde na Moamba, Felismina Massingue, disse que os números registaram uma subida 2011 (8.540 casos), 2012 (9.995) e 2013 (10.308), devido à suspensão das campanhas de pulverização intradomiciliárias.
“Em 2011 tivemos a pulverização intradomiciliária. Tínhamos recenseardores que trabalharam dos finais de 2010 até meados de 2011 e por via disso a situação estava reduzida”, disse sublinhando que nesse período devido à pulverização foram abrangidas 60 mil pessoas pela campanha.
Felismina disse que além de malária, outras doenças frequentes na Moamba, são a pneumonia, as diarreias e doenças oportunistas por conta do HIV-SIDA.
Casos de diarreias reduzem em 20 por cento
A entrada em funcionamento de um pequeno sistema de abastecimento de água no ano passado contribui para a redução de casos de doenças diarreicas em 20 por cento.
Em 2012 o distrito da Moamba registou 3.900 casos de diarreia, contra os 3.300 registados em 2013, o equivalente a 15 por cento. Em 2011, houve um registo de 4.150 casos, contra os 3.900 de 2012, o correspondente a 6 por cento.
“A falta de água cria problemas de consumo de águas impróprias que vai criar o problema de diarreias, doenças de pele, sarnas, tinhas e outras. As pessoas tiravam água no rio e tínhamos problemas de conflito homem-animal. Mas oito meses depois da inauguração do sistema de abastecimento de água, os casos reduziram”, disse.
Um doente chega a percorrer 12 quilómetros para alcançar um posto de saúde. Por exemplo, de Mukacasa a Corumana são 12 quilómetros. “Esta é a distância mais longa que percorremos. Esta situação está acautelada porque trabalhamos com Agentes Polivalentes Elementares”, disse.
O rácio médico-doente é de 32 mil habitantes, dado que Moamba tem dois médicos para 64 mil habitantes.