Nacional Tribunal Judicial de Sofala restitui à liberdade jornalista “Edwin Hounnou”

Tribunal Judicial de Sofala restitui à liberdade jornalista “Edwin Hounnou”

Um juiz de Secção de Instrução do Tribunal Judicial da província de Sofala mandou restituir à liberdade, na manhã desta quinta-feira, mediante o pagamento de uma caução no valor de 20.000, 00 Mts (vinte mil meticais), o jornalista Charles Baptista, mais conhecido por Edwin Hounnou, apurou o Canalmoz do próprio indiciado e de um dos seus advogados.

“Já estou em liberdade e agora estou em casa”, disse Edwin Hounnou.

O mesmo juiz, segundo apurou o Canalmoz junto de um dos quatro membros da equipa da defesa do jornalista, também decidiu devolver o processo que alegou não compreender bem a acusação de violação de segredos militares que pesa sobre Edwin Hounnou, como o indiciava a Polícia da República de Moçambique (PRM), tendo por isso alegado que precisava de tempo para ver as provas contidas no material confiscado pelas autoridades, para poder aferir o tipo de crime de que o arguido deve ser acusado.

As fontes não avançaram mais pormenores alegando que tal poderia prejudicar o processo que ainda carece de legalização.

Na última terça-feira, esteve presente perante um juiz de Instrução Criminal que alegou não entender bem a matéria do crime de que o jornalista era acusado, tendo posteriormente sido conduzido à Cadeia Central da Beira.

O porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Sofala, o inspector da Polícia Mateus Mazive, tinha confirmado ao Canalmoz na terça-feira a legalização da prisão e a condução do acusado à Cadeia Central onde devia aguardar pelo julgamento.

O jornalista, segundo o mesmo porta-voz, foi detido no dia 27 de Junho último por volta das 17 horas “quando foi surpreendido a partir do terraço do edifício onde funciona o Conselho Municipal da Beira a fotografar uma parada da Polícia que estava a ser orientada pelo comandante provincial da PRM em Sofala”, Joaquim Nido.

De acordo com Mateus Mazive, o jornalista estava na ocasião com outros dois indivíduos que a Polícia diz estar a procurar, dado que os considera fugitivos.

A máquina de fotografar que a Polícia qualifica de “sofisticada e que continha as imagens com os pormenores da parada, da unidade policial onde se encontrava a formatura e as viaturas da ETRAGO e militares”, segundo Mateus Mazive, encontra-se em poder das autoridades e o indiciado vai responder sobre para que fins estava a tirar as imagens.

Canal Moz