A racionalização de recursos e um comando único a nível provincial e distrital bem como evitar a dispersão de acções é o apelo lançado pelo Ministro da Saúde, Alexandre Manguele aos participantes da reunião anual de planificação.
O encontro que já definiu prioridades em termos de acções para o próximo ano, elegeu entre as diversas áreas a redução da mortalidade materna e neonatal, bem como do peso das grandes endemias com principal enfoque para a malária, o HIV e tuberculose faz parte de entre as várias prioridades do sector da Saúde para 2014.
Manguele fez menção ao facto de o evento estar a decorrer numa altura em que o sector se refaz dos efeitos das cheias que tiveram alguma influência no orçamento do presente ano.
Foram no total 27 unidades sanitárias entre quatro hospitais distritais, um hospital comunitário, 22 centros de Saúde rurais, um centro de formação de pessoal de saúde e 16 casas para o mesmo pessoal.
Os dano, segundo o ministro, tiveram um impacto financeiro de cerca de 189 milhões de meticais, o que ditou um exercício rectificativo de acções que haviam sido previamente traçadas no Plano Económico referente a 2013.
A Reunião Nacional de Planificação que decorre sob o lema “O Nosso Maior Valor é a Vida”, tem por objectivo harmonizar as propostas do Plano Económico e Social desde o nível distrital até ao central, garantindo o devido alinhamento no que concerne às intervenções-chave.
A reunião, tal como explicou a directora nacional de Planificação e Desenvolvimento, Célia Gonçalves integra-se no ciclo de planificação do Governo, numa altura em que o presente mês é de conclusão do Plano Económico e Social.
“Depois de todo o exercício que se faz nas províncias, convidamos aqui os directores provinciais, parceiros de cooperação como as ONG que trabalham no terreno para fazermos a harmonização das propostas a serem submetidas ao Ministério da Planificação e Desenvolvimento”, explicou.
Para além de uma simples abertura da reunião, o ministro da Saúde deixou recados aos profissionais sobre a necessidade de mudança na forma de trabalhar sob ponto de vista de planificação para que, todas as actividades desenvolvidas em cada província e distrito quer pelo MISAU, assim como pelos parceiros, contribuam para a melhoria dos indicadores de saúde.
“Não é admissível que continuemos a ter múltiplos actores a trabalhar de forma descoordenada com consumo excessivo de recursos atribuídos ao país e que continuemos a registar baixo desempenho nos indicadores de saúde. Cada recurso gasto com actividades de saúde sanitária, distrito, província e do país, deve ser acompanhado pela cultura de prestação de contas”, frisou Manguele.
Jornal Notícias