O Fundo Global vai desembolsar, gradualmente, nos próximos três anos, 25 milhões de dólares norte-americanos para Moçambique.
Maputo (Canalmoz) – Cerca de dois anos depois de ter suspendido o financiamento ao sector da Saúde para Moçambique em virtude da alegada má gestão, o Fundo Global, uma instituição sediada na Suíça e que se dedica ao combate de doenças como a malária, tuberculose e HIV/SIDA, reactivou este mês o seu programa de apoio ao País. O acordo de financiamento foi assinado na passada sexta-feira e tornado público ontem (quarta-feira).
Este organismo vai desembolsar, gradualmente, nos próximos três anos, 25 milhões de dólares norte-americanos para Moçambique, para o combate à tuberculose, malária, HIV/SIDA, bem como para melhoria de gestão do Ministério da Saúde através da capacitação dos recursos humanos e compra de equipamento laboratorial.
Do valor total financiado, 25 milhões de dólares norte-americanos, 17,5 milhões de dólares serão alocados para o fortalecimento institucional, concretamente na melhoria de gestão do Ministério da Saúde através da capacitação dos recursos humanos, compra de equipamento laboratorial, e os restantes 7,5 milhões serão destinados a financiar os programas de combate à tuberculose.
O acordo de financiamento, com a duração de três anos, com o efeito a partir deste ano, foi assinado no passado dia cinco do corrente mês e apenas tornado público esta quarta-feira durante uma conferência de Imprensa realizada no Ministério da Saúde.
Kirsi Viisainen, representante do Fundo Global em Moçambique, disse que a organização havia deixado de apoiar o Ministério da Saúde porque se constatou a existência de vários problemas de gestão dos fundos. A fonte disse que a reactivação dos programas de financiamento resulta do facto de o pelouro da Saúde em Moçambique ter reestruturado seus modelos de gestão de financiamento destinados ao combate a doenças.
Ainda, o representante do Fundo Global disse que devido à necessidade de melhoria das condições de vida da população em Moçambique, para além do financiamento ora garantido, a organização está a estudar a possibilidade de aumentar o apoio de modo a combater doenças de maneira mais eficaz possível.
Por seu turno, Célia Gonçalves, directora nacional de Planificação no Ministério da Saúde, garantiu boa gestão dos fundos e disse que todas as condições foram criadas de modo a evitar possíveis casos de esbanjamento desnecessário de financiamento.
A directora do MISAU disse que durante o tempo da suspensão do financiamento o MISAU enfrentou graves problemas nos seus programas de combate a várias doenças, sobretudo a tuberculose, a malária e o HIV-SIDA.
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