A Direcção da Comissão dos Profissionais de Saúde Unidos (CPSU) destituiu o seu representante durante as manifestações levadas a cabo por aquela organização, em parceria com a Associação Médica de Moçambique, por alegada “traição ao grupo”. Trata-se de Adolfo Baú, que desempenhava, simultaneamente, as funções de porta-voz do grupo.
A greve dos profissionais de saúde terminou já há mais de uma semana, mas as sequelas ainda continuam. Em conferência de imprensa, Milene da Orpa, secretária-geral, e Laura Sendela, nova presidente da comissão, anunciaram que a luta pelo bem-estar social da classe irá continuar, apelando aos seus membros para a necessidade de continuarem “unidos na elevação” da mesma.
Na mesma conferência de imprensa, a comissão deixou claro que Adolfo Baú tomou a decisão, unilateralmente, de levantar a greve: “É de conhecimento de todos que na sexta-feira, 14 de Junho de 2013, o ex-porta-voz, senhor Adolfo Baú, teve pronunciamento de forma individual no canal televisivo TVM, sem o conhecimento e consentimento da direcção da CPSU e AMM)”.
Adicionam que já tinham notado que “o senhor Baú” andava com “um comportamento estranho” que nada tinha a ver com “os interesses colectivos”.
Contam que horas após a consumação da “traição”, Adolfo Baú foi visto a jantar num dos restaurantes da praça acompanhado de alguns homens e com direito a motorista para casa.
A direcção da Comissão dos Profissionais de Saúde Unidos, que agradece a solidariedade do povo moçambicano e a lealdade da Associação Médica de Moçambique, denuncia igualmente actos de intimidação através de processos disciplinares, cortes de salário na ordem de 50 por cento, retirada do direito a férias.
O País