Sociedade Meio Ambiente Reabilitação da linha férrea: Lichinga-Cuamba arranca este mês

Reabilitação da linha férrea: Lichinga-Cuamba arranca este mês

O anúncio ocorreu durante uma audiência com o governador do Niassa, David Malizane, alargada aos membros do Governo provincial, administradores e secretários permanentes distritais.

Para o efeito, de acordo com a mesma fonte, foram já aprovados 48 milhões de dólares americanos, dinheiro que servirá para financiar as diferentes fases da empreitada, nomeadamente as obras propriamente ditas, reabilitação e equipamento das estações ao longo da linha, a compra de máquinas e carruagens e indemnização das mais de 138 famílias e 80 infra-estruturas até aqui identificadas.

Explicando as várias fases que vão compreender os trabalhos da construção daquela ferrovia, os técnicos da Vale deram a conhecer que as obras terão a duração de 25 meses, justificando que tal se deve à complexidade dos trabalhos, já que em algumas secções – seis e sete – far-se-á uma construção de raiz, prevendo-se que mais 2000 pessoas sejam mobilizadas, maior parte das quais localmente.

Reabilitação da linha férrea: Lichinga-Cuamba arranca este mês

“A componente formação e capacitação será uma das prioridades da empresa”, disse um dos oradores daquela empresa brasileira, prometendo rigor na aplicação do Plano de Desocupação da Segurança Operacional, PDSO para, segundo disse, evitar que erros cometidos no passado, em trabalhos semelhantes, sejam repetidos.

De referir que o trabalho de identificação das famílias e infra-estruturas que se localizam ao longo daquela linha férrea iniciou em 2010, sendo que as habitações, áreas de produção agrícola e animal, locais religiosos e históricos serão compensados, exceptuando cemitérios. No Niassa, a linha férrea abrange os distritos de Mecanhelas e Cuamba e o Município de Cuamba.

Para além da linha Lichinga/Cuamba, a Vale Moçambique vai ainda operacionalizar, na província de Niassa, troço entre Cuamba e Entre-Lagos, na linha Tete/Malawi/Nacala, na província de Nampula.

Falando na ocasião, David Malizane mostrou-se entusiasmado com o início das obras mas, entretanto, exigiu dos investidores maior responsabilidade já que, segundo afirmou, a população do Niassa está a atravessar neste momento graves problemas de transporte de passageiros e mercadorias, depois que a linha férrea Lichinga/Cuamba deixou de funcionar já faz muito tempo.

Jornal Noticias