Internacional Africa África discute biodiversidade e saúde

África discute biodiversidade e saúde

Promovida pelo Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental (MICOA), a reunião decorre sob o lema “Interligação entre a Saúde Humana e Biodiversidade”, tendo sido escolhido pela importância que os serviços dos ecossistemas desempenham no provisionamento de bens e serviços essenciais para a saúde humana, segurança alimentar, base para o bem-estar das comunidades.

Um comunicado daquela instituição governamental, enviado à nossa Redacção, refere que o “workshop” pretende também identificar potenciais actividades conjuntas que possam ser desenvolvidas pelos países de modo a se alcançar benefícios mútuos entre a saúde e biodiversidade, discutir as boas práticas da conservação de biodiversidade e promover a cooperação regional e transfronteiriça, tendo como horizonte o apoio às redes africanas de saúde e biodiversidade.

Por outro lado, a ideia é discutir e fortalecer as capacidades técnicas sobre as melhores formas de vencer os desafios nos países em desenvolvimento, focalizando a ligação entre saúde humana e biodiversidade, de forma a facilitar a integração da saúde na actualização da Estratégia e Plano de Acção de Conservação da Biodiversidade, isto em cumprimento das decisões adoptadas durante a realização da 10.ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre a Diversidade Biológica (COP 10), realizada na cidade japonesa de Nagoya, em 2010.

O mesmo documento refere ainda que a presente reunião é organizada em resposta à Declaração de Libreville, Gabão, sobre Saúde e Ambiente para África, assinada pelos ministros africanos do Ambiente e Saúde, em 2008.

África discute biodiversidade e saúde

Nesse encontro, os ministros africanos expressaram a sua preocupação pelo facto de cerca de 2,4 milhões de pessoas morrerem por ano em África devido a factores de riscos ambientais, que podem ser evitáveis.

Esses factores de risco traduzem-se em impactos severos para os mais pobres, grupos vulneráveis como crianças, mulheres, deficientes físicos e idosos.

Por outro lado, os ministros, de acordo com a referida nota de imprensa, reconheceram que cerca de 60 por cento dos ecossistemas vitais do Planeta estão a ser degradados ou pressionados e que os seus serviços estão para manter a qualidade da água, do ar e da terra.

A nota explica ainda que os dirigentes africanos reconheceram ainda a necessidade de incrementar a investigação para compreender melhor a vulnerabilidade dos seres humanos aos factores de riscos ambientais, particularmente em África.

Durante esse encontro foi recomendado ser urgente acelerar e implementar estratégias integradas necessárias para proteger as comunidades contra os factores de risco que resultem da degradação ambiental através do acesso à água potável, melhoramento do saneamento do meio, gestão de resíduos sólidos, qualidade do ar e controlo dos vectores de doenças.

Perante os problemas levantados, os signatários declararam e comprometeram-se a estabelecer a aliança estratégica entre a saúde e o ambiente como base para a elaboração e implementação de planos de acção conjuntos.

Participam no evento 60 técnicos ligados ao sector do ambiente e saúde dos países africanos e os especialistas das agências das Nações Unidas relacionadas com a biodiversidade e saúde.