Sociedade Meio Ambiente Florestas e faúna bravia: FDA aloca meios para fiscalização

Florestas e faúna bravia: FDA aloca meios para fiscalização

A área de exploração florestal e faunística é uma das que regista, no sector, um forte défice em termos de recursos humanos e materiais daí os sucessivos desmandos que têm sido reportados e que custam milhões de meticais ao erário público.

Para a alocação das dez viaturas ( as primeiras seis foram entregues em Agosto), o Fundo de Desenvolvimento Agrário (FDA) desembolsou pouco mais de 21 milhões de meticais que incluiu a aquisição de 36 motorizadas e equipamento para a monitoria e mitigação do conflito homem fauna bravia. Outros 11 milhões de meticais foram gastos na área de fiscalização de terra com aquisição de meios de localização conhecidos como GPS.

Nesta primeira fase foram alocados meios por igual (viaturas e motorizadas), mas este ano vai se atender àquelas que tem mais necessidades e onde há maior incidência de violações como sejam Nampula e Zambézia. Os veículos e material está a ser adquirido com fundos resultantes da exploração florestal e da colecta de taxas.

Florestas e faúna bravia: FDA aloca meios para fiscalização

“ Ainda temos um grande desafio. O que fizemos é apenas um terço das necessidades. Para este ano programamos investir mais 40 a 45 milhões para a área de fiscalização florestal e também de terras”, disse a propósito Cetina Titosse, Presidente do Conselho de Administração do Fundo de Desenvolvimento Agrícola, numa cerimónia que teve lugar no Parque de Máquinas daquela instituição localizado na vila da Palmeira, distrito da Manhiça.

Segundo Titosse que reconheceu ainda existirem vários constrangimentos, com estes meios os fiscais conseguem ir mais longe.

“Ainda temos constrangimentos. Ainda há muito trabalho por fazer. Neste quadro construímos também alguns postos de fiscalização. Na área de terras vamos continuar a disponibilizar meios e viaturas para fiscalizar a execução dos planos de exploração. Há muitos utentes que têm terra e não estão a fazer o devido aproveitamento e os técnicos da geografia e cadastro têm dificuldades de localizar onde é que estão estas terras. Porque não tem meios, muitas vezes usam transporte dos próprios utentes para se fazer ao terreno, o que não é correcto porque ficam com menos capacidade de agir. Estamos a tentar potenciar os nossos técnicos para que possam ter alguma autoridade”, disse.

Falando por ocasião da alocação destes meios, o Secretário-permanente do Ministério da Agricultura, Daniel Clemente, disse que pretende-se reforçar o controlo da exploração ilegal das florestas e fauna bravia ao mesmo tempo que se trabalha para a redução dos impactos socioeconómicos, incluindo ambientais.