Nacional Delegação do Niassa: UniLúrio gradua primeiros técnicos

Delegação do Niassa: UniLúrio gradua primeiros técnicos

Os alunos a serem graduados fazem parte de um grupo de 70 estudantes, que ingressaram naquela Faculdade em 2009 quando a instituição iniciou as suas actividades na província de Niassa, assistidos na altura por apenas nove professores. Hoje, passados quatro anos, aquela instituição de ensino superior conta com 242 estudantes e 34 docentes.

O facto foi anunciado sexta-feira pelo reitor da UNILÚRIO, Jorge Ferrão, durante a cerimónia de abertura do ano académico 2013/4, marcada por uma aula de sapiência proferida pelo director científico daquela instituição académico, Tito Fernandes, e cujo lema foi “Um estudante, uma família: iniciativa pioneira da Unilúrio”.

O lema escolhido pela Unilúrio é uma contribuição para a troca de conhecimento entre os estudantes e as comunidades circunvizinhas.

Segundo foi referido, esta nova iniciativa, que foi acolhida pelas comunidades, consiste em integrar um estudante numa determinada família durante quatro semanas, para a transmissão recíproca de conhecimentos. Com efeito, o aluno ensina como fazer a prática da agricultura com base em métodos científicos, enquanto a família transmite a longa experiência adquirida durante muitos anos de trabalho prático na área agrícola e não só. Este cruzamento de conhecimentos, segundo foi defendido na altura, permite incrementar no seio das comunidades técnicas de produção agrícola cientificamente aceites.

Delegação do Niassa: UniLúrio gradua primeiros técnicos

Por exemplo, durante a oração de sapiência, Tito Fernandes explicou que o programa “um estudante, uma família” enquadra-se, sobretudo, ao nível de extensão, que consolida a trilogia educação, ensino e investigação. Defendeu insistentemente que um estudante universitário deve dedicar maior parte do seu tempo a aprender a investigar do que propriamente investigar, pois esta última tarefa, segundo referiu, é dos professores, realçando a necessidade de haver equilíbrio entre a educação, ensino e investigação.

Por sua vez, a Secretária Permanente da província de Niassa, Verónia Ernesto Langa, lembrou que não foi por acaso que o falecido presidente Samora Moisés Machel sugeriu “Fazer do Niassa uma Universidade para o Povo Tomar o Poder”, explicando que esta expressão continua actual no tempo e no espaço, por transportar um significado muito profundo.

Para ela, a UniLúrio acertou nos cursos que estão a ser ministrados, principalmente na metodologia de trabalho com as comunidades circunvizinhas, que vêem na universidade uma oportunidade para aumentar os seus conhecimentos e, quiçá, aumentar a produção, produtividade e melhoria das suas condições de vida.