Trata-se de Elsa Lameira, 37 anos, bióloga, a trabalhar na área de investigação no Instituto do Coração (ICOR), em Maputo. Com o objectivo claro para sua ida aos EUA, esta mulher passou por vários exames teóricos e práticos para convencer ao jurado para lhe conceder uma bolsa de Estudos para o Programa Fulbright. Elsa faz parte de um grupo de seis pessoas seleccionadas, entre mais de 200 concorrentes.
“Se eu for aos EUA e estar num ambiente de investigação com alta tecnologia vou enriquecer os meus conhecimentos e sobretudo descobrir a causa da Fibrose endomiocárdica, uma doença cardiovascular que constitui um dos motivos de internamento de crianças no ICOR”, explica Elsa, que parte amanhã para aquele país.
Esta terça-feira, a Embaixada dos Estados Unidos da América saudou Elsa Rameira e Isabel Assona, duas mulheres que mereceram a bolsa de estudo daquele país, pelo seu empenho para o efeito. Isabel conseguiu bolsa para o Programa Humphrey. Ela vai estudar na área de reciclagem de resíduos sólidos.
Anualmente, o governo americano disponibiliza bolas de estudos para os Programas Fulbright e Humphrev para diversos países, incluindo Moçambique. Para concorrer às bolsas, no território nacional, os participantes devem ter nacionalidade moçambicana, domínio da língua inglesa, licenciatura e passar nos testes a ser submetido.
A bolsa para o Programa Fulbright é destinada a pessoas que queiram fazer mestrado ou doutoramento e, é de dois anos, enquanto que a Humphrey tem a duração de um ano. Esta última não oferece diploma académico no fim do curso. É direccionada a profissionais que queiram realizar estudos académicos e pesquisas com peritos americanos em áreas específicas.
“Não há um número exacto de bolsas destinadas a Moçambique. As bolsas são altamente competitivas. Não se discrimina a condição física, género ou outra qualquer. O importante é conseguir boas notas para ser apurado”, explica Ann Perrelli, adida adjunta para imprensa e cultura da Embaixada dos EUA.