“No Zimbabwe é totalmente diferente porque não há campo de manobra para os partidos políticos da oposição”, sublinharam.
A uma pergunta sobre se o facto de Morgan Tsivangirai ser 1.º ministro não contribuía para o MDC e outros partidos da oposição terem mais espaço no panorama político, económico e social do país, as entrevistadas responderam que algo estava a mudar, mas que tal espaço continua ainda bastante exíguo.
Num outro desenvolvimento, apelaram aos partidos da oposição em África, incluindo o MDM, para não se deixarem enfraquecer porque, no seu dizer, a tendência dos partidos libertadores é de ficar com todos os recursos que deviam beneficiar o Estado em geral.
“Por exemplo, no Zimbabwe, nós só ouvimos dizer que há diamantes, mas nós não vemos porque fica tudo com a ZANU. A oposição fica assim sem recursos para trabalhar. É muito difícil”-lamentaram.
No espaço reservado aos convidados, encontrámos também um representante da Embaixada italiana em Moçambique, Pietro de Carli, com quem igualmente trocámos “dois dedos” de conversa.
O diplomata disse que este congresso era um exercício democrático e a sua expectativa era que a presença de mais partidos no país amplie, fortaleça e reforce a democracia.
“Todas as forças devem contribuir para o mesmo objectivo de desenvolver o país e essa contribuição deve ser aberta sendo que a confrontação de ideias deve ser no sentido de que se encontrem as soluções para os problemas que enfermam o país enfrenta”.
A Frelimo é o único partido político moçambicano presente neste congresso, não obstante convites similares terem sido dirigido as demais formações políticas.