Os ministros da Defesa dos dois países assinaram um acordo de defesa e de segurança, que visa nomeadamente um “intercâmbio de informações” para combater a criminalidade transfronteiriço e autoriza cada vizinho a pedir apoio ao outro caso se sinta “ameaçado por agressão ou destabilização armada”, segundo informações recolhidas pela AFP.
Os dois chefes de Estado acordaram também “o arranque efectivo das patrulhas fronteiriças mistas entre os dois países”, anunciadas anteriormente mas nunca implementadas concretamente, indica o comunicado final.
“Estamos submetidos às mesmas ameaças (…) Então nós estamos a nos preparar, a nos organizar para uniformizar” os meios de informações e as forças de defesa e de segurança, sublinhou Issoufou durante uma conferência de imprensa, considerando que o acordo assinado marca “um grande avanço”.
“Os criminosos não respeitam as suas fronteiras nacionais. Para se protegerem, os dois países devem trabalhar juntos”, sublinhou Jonathan.
Os dois presidentes “exprimiram a sua preocupação em relação ao perigo que faz pesar o terrorismo internacional no seu espaço”, citando a Al-Qaeda no Maghreb islâmico (Aqmi) e o Boko Haram. Ambos os estadistas condenaram os sequestros efectuados por “organizações terroristas” como o de 14 de Outubro no Níger e as violências cometidas pelo Boko Haram, segundo o comunicado final.
O Níger confronta-se há vários anos com as acções da Aqmi, que comete raptos, em particular de cidadãos ocidentais, na faixa sahélo-sahariana.
A Nigéria é regularmente atingida por violências atribuídas ao grupo islamita Boko Haram, que estabeleceu contactos, há alguns meses, com a Aqmi.