O facto foi anunciado, em Maputo, pelo inspector-geral de Administração do Estado, Augusto Mangove.
Falando, ontem, em conferência de imprensa, Mangove disse que algumas ameaças foram proferidas depois de a IGAE, uma entidade subordinada ao Ministério da Função Pública, ter feito um trabalho inspectivo em várias instituições do Estado, no período de 2010/11.
Segundo Mangove, citado pela AIM, as primeiras inspecções, durante as quais foram detectadas anomalias no funcionamento e indícios de práticas ilícitas, tinham como objectivo apurar o grau de satisfação do público pelos serviços prestados, gestão de recursos humanos, avaliação do desempenho, entre outros.
Durante o referido período, foram inspeccionadas instituições emissoras de bilhetes de identidade, passaportes, cartas de condução, registo automóvel, atribuição de nacionalidade, entre várias outras. “A actividade de inspector é uma profissão de risco, porque, uma vez detectadas as anomalias, os actos de carácter criminal são remetidos à Procuradoria da República para o devido tratamento. Também, trabalhamos em estreita colaboração com o Gabinete de Combate à Corrupção”, explicou Mangove.