Não houve outro concorrente. No congresso a ter lugar entre 23 e 28 de Setembro deste ano, em Pemba, Guebuza será confirmado como único candidato à sua própria sucessão na presidência do partido.
Armando Guebuza, presidente da Frelimo vinha insistindo na `renovação na continuidade´ – uma Máxixa de Marcelo Caetano – o último português a governar Portugal – defendendo ser um mecanismo de geração de novas estratégias para enfrentar com sucesso, os desafios da actualidade.
Ao garantir a continuidade na presidência do partido Frelimo, Armando Guebuza espera continuar a controlar o poder estatal mesmo sem estar na presidência da República. O plano do actual chefe do Estado é pôr Aires Ali a concorrer à presidência da República como candidato da Frelimo. Na eventualidade de ser eleito Aires Ali, Guebuza irá, então telecomanda-lo através da presidência do partido.
Assim, a se confirmar o plano de Guebuza, ele irá continuar a presidir o partido Frelimo e por inerência a Comissão Política, enquanto Aires Ali irá presidir a República e sendo subordinado de Guebuza na comissão política. Este é o plano que foi cimentado com a confirmação da candidatura exclusiva de Guebuza à sua própria sucessão na presidência do partido.
Este plano de Guebuza não colhe consenso dentro do partido. Há altos quadros partidários inconformado em ver Guebuza a se manter no poder. Por isso sabe-se que prepara-se oposição a Aires Ali, como candidato preferido pelo Chefe do Estado. E caso seja eleito outro candidato da ala contrária a da Guebuza, o chefe do Estado não irá obedecer as instruções de Guebuza. Mas também o chefe do Estado a sair das eleições presidenciais de 2014, pode ser doutro partido que não seja Frelimo…