Dentre os detidos, está uma mulher, esposa de um dos supostos criminosos, de origem angolana. Ela tinha na sua conta bancária cerca de 14 milhões de meticais, o que levou a polícia a desconfiar que fosse fiel depositária do dinheiro de resgate pago pelos familiares das vítimas. Para além do angolano, estão, entre os detidos, um cidadão nigeriano e o filho de um oficial superior da polícia, que, no entanto, nega estar envolvido com os raptos, alegando estar sob custódia policial apenas porque foi encontrado com um dos supostos criminosos, que lhe terá pedido boleia a troco de 50 mil meticais. Tirando a mulher e o nigeriano, a polícia diz que todos os outros são cadastrados perigosos e estavam a cumprir penas de até 20 anos de prisão, por prática de vários crimes. Mas por terem apresentado bom comportamento na cadeia, beneficiaram de liberdade condicional. A corporação acredita, ainda, que os mesmos se terão conhecido nas celas da Brigada Operativa, vulgo B.O, no entanto, continuam a não confirmar ou desmentir que tenham alguma relação com Nini Satar e Vicente Ramaya, que no início do ano foram transferidos da B.O para as celas do Comando da Cidade de Maputo, por, na altura, se suspeitar que tivessem alguma relação com os raptos.
A polícia apreendeu 22 viaturas de várias marcas, algumas das quais luxuosas, que estavam na posse dos detidos, e que se acredita tenham sido usadas nos sequestros. Foram igualmente apresentados 14 telefones celulares e três das quatro casas que eram usadas como cativeiros.