A bancada do Povo Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS), principal partido da oposição na Assembleia da República, expressou o seu repúdio em relação a discursos incendiários e confrontos desmedidos promovidos por alguns dirigentes de partidos políticos.
Esta posição foi apresentada pelo chefe da bancada do PODEMOS, Sebastião Mussanhane, durante a abertura da 2ª sessão ordinária da Assembleia, realizada na capital do país, Maputo. Mussanhane sublinhou que o seu partido opta pelo caminho mais desafiante do diálogo, enfatizando a importância da responsabilidade e da preservação da vida.
“Recusar a violência e defender o respeito pelas regras coloca a vida acima da vingança e o voto acima da força. Este posicionamento distingue o político legítimo do populista, e o estadista do agitador”, afirmou o líder da bancada, ao traçar comparações entre os líderes partidários.
O chefe da bancada sublinhou também que o líder do PODEMOS, Albino Forquilha, reconhece que dirigir implica não apenas falar para as massas, mas também proteger o sentido humano das causas que mobilizam essas pessoas. Assumir responsabilidades é um gesto de coragem, e um líder deve estar preparado para responder pelos efeitos das suas decisões, mesmo que estas sejam fundamentadas em princípios de justiça e legitimidade.
Mussanhane enfatizou que o líder do PODEMOS não se escusa da história; pelo contrário, enfrenta-a com a consciência tranquila, ciente de que a verdadeira mudança só é possível quando se preservam a paz, a justiça e a dignidade de todos.
No que diz respeito ao Diálogo Nacional Inclusivo, Mussanhane caracterizou este processo como uma demonstração de maturidade política, responsabilidade patriótica e compromisso com o bem comum. Num país marcado por desigualdades e desconfianças históricas, o diálogo é visto como a forma mais elevada de coragem nacional.
O chefe da bancada concluiu que, para o PODEMOS, o Diálogo Nacional Inclusivo não deve ser um evento isolado, mas sim um processo contínuo, plural e genuíno, que visa restaurar a confiança do povo nas instituições do Estado.
A cerimónia contou com a presença da Primeira-Ministra, Benvinda Levi, da presidente do Conselho Constitucional, Lúcia Ribeiro, e de diversos representantes do governo, embaixadores e dirigentes de entidades públicas e privadas.

















