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Ossufo Momade reafirma continuidade na liderança da Renamo até decisão do Conselho Nacional

O presidente da Renamo, Ossufo Momade, declarou que não deixará a liderança do partido a menos que o Conselho Nacional assim o determine.

A sua afirmação surge em resposta à crescente pressão para a sua saída, proveniente de diferentes alas internas da formação política.

“Tudo vai depender da decisão dos membros. Eu fui eleito, e todos acompanharam o que aconteceu em Molócuè. Tenho dito que, no próximo Congresso, não vou concorrer. Vou deixar com os jovens, para poderem continuar com este barco”, afirmou Momade, durante a sua chegada ao aeroporto internacional de Nampula, onde foi calorosamente recebido por uma multidão de apoiantes.

Em breves declarações à imprensa, o líder do partido, amplamente conhecido como “Perdiz”, reconheceu a existência de divergências internas, mas assegurou que a Renamo permanece unida e forte, sublinhando que tensões desse tipo são comuns em qualquer agremiação política.

“A Renamo é a Renamo, está forte. Isto é normal, mesmo noutros partidos existem estes tipos de problemas, mas nós não estamos preocupados com isso. A nossa gente é única, vamos unir a família e avançar para a vitória”, declarou.

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A liderança de Ossufo Momade tem sido contestada desde antes das últimas eleições gerais, um cenário que se intensificou após os resultados de 2024, com críticas à sua gestão do partido e à forma como tem lidado com as relações entre as diferentes alas da Renamo.

O presidente destacou ainda o empenho das estruturas locais e provinciais na mobilização dos militantes, considerando a forte adesão como um indicativo da vitalidade do partido. “O trabalho está a ser feito, é este que estão a ver aqui. Caso contrário, não teríamos esta multidão”, frisou.

O VII Congresso Nacional da Renamo ocorre num clima de contestação interna e tensões, com grande expectativa por parte dos militantes e observadores políticos. O encontro deverá deliberar sobre a liderança e definir as estratégias de actuação da maior força de oposição nos próximos anos.