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Moçambique regista apreensões de drogas avaliadas em mais de 49 milhões de meticais

Nos primeiros seis meses do ano, as autoridades moçambicanas confiscaram diversas categorias de drogas ilícitas, avaliadas em 49,1 milhões de meticais (aproximadamente 760 mil dólares). 

O relatório do Gabinete Central para a Prevenção e Controlo de Drogas (GCPCD) revela que os principais narcóticos apreendidos foram cannabis, heroína e cocaína.

Segundo o documento, foram confiscados 452,9 quilos de cannabis, avaliados em 1,35 milhões de meticais; 79,5 quilos de heroína, com um valor estimado de 47,7 milhões de meticais; e 109,6 gramas de cocaína, cujo valor atinge os 87.600 meticais. Além disso, as autoridades também apreenderam 416,8 quilos de metanfetamina, 4,2 quilos de hashish e 11,6 quilos de anfetamina, enquanto não foram registadas apreensões de khat ou morfina.

No mesmo período, foram instaurados 214 casos criminais relacionados com o tráfico e consumo de drogas. Desses, 68 diziam respeito ao tráfico de pequenas quantidades, 49 ao consumo de drogas e 47 a actividades ilícitas associadas ao tráfico. Um total de 199 réus foi condenado, sendo que 50 provinham da cidade e província de Maputo, 33 de Tete e 21 de Gaza. Foram também absolvidos 42 indivíduos, enquanto 39 réus aguardam julgamento.

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Nesse período, 308 cidadãos estrangeiros foram presos por envolvimento em crimes relacionados com drogas, representando uma diminuição significativa em relação aos 941 casos verificados no ano anterior. O relatório identifica três principais rotas utilizadas pelos traficantes: terrestre, através das fronteiras com a Tanzânia, Malawi e Zimbabwe; marítima, especialmente pelos portos de Beira, Nacala e Maputo; e aérea, via os Aeroportos Internacionais de Maputo e Nampula. O documento sublinha que Moçambique continua a ser um ponto de trânsito para o tráfico de drogas destinado à África do Sul e à Europa.

Durante o período em análise, foram incinerados 454,1 quilos de substâncias apreendidas, incluindo 285 quilos de cannabis, 33,8 quilos de heroína e 127,6 quilos de metanfetamina. O relatório aponta para uma redução em comparação com o mesmo intervalo de 2024, indicando um reforço das medidas para combater o tráfico e consumo de drogas no país.