As famílias que insistem em permanecer em áreas de risco de cheias e inundações na província de Maputo serão agora removidas de forma compulsiva.
Esta medida, anunciada pelo Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD), em coordenação com a Polícia da República de Moçambique (PRM), visa proteger a população de perdas materiais e, sobretudo, de vidas.
Segundo Sara Matches, Delegada do INGD na província de Maputo, a decisão surge da resistência contínua por parte de algumas famílias em acatar os apelos das autoridades para se deslocarem para zonas mais seguras. Esta relutância tem levado, ciclicamente, a situações de perda de bens e a riscos significativos para a população.
Matches deu como exemplo a situação actual, onde há famílias que, mesmo com as suas casas inundadas, continuam a residir nelas, especialmente na cidade da Matola. Este comportamento, apesar dos repetidos avisos e esforços das autoridades, tornou necessária a adopção de medidas mais firmes para garantir a segurança dos cidadãos.
A intervenção compulsiva reflete a preocupação das autoridades com a teimosia de alguns residentes que, ao permanecerem em zonas de risco, colocam-se a si próprios e as suas comunidades em perigo iminente perante fenómenos naturais recorrentes como cheias e inundações.