O Centro Cultural Franco-Moçambicano (CCFM) acolheu o tão aguardado concerto intitulado “Kapa Dêch: a caminho dos 30 anos”, que celebra três décadas de uma carreira pautada pela inovação musical e pelo reconhecimento tanto a nível nacional como internacional.
O espectáculo não se limita a festejar a longevidade da banda, mas também presta tributo a dois dos seus membros históricos já falecidos: Tony Jango, vocalista, e Pilecas Nhavene, percussionista. Ambos desempenharam um papel crucial na definição da identidade musical e estética do grupo.
O concerto revisitará temas emblemáticos dos álbuns “Katchume” e “Tsuketani”, que deixaram uma marca indelével no panorama musical moçambicano. Rufus Maculuve, um dos membros da banda, considera que este evento é simbólico, servindo como uma homenagem e uma oportunidade de reflexão sobre a trajetória de 30 anos do Kapa Dêch.
Este regresso ao palco do CCFM, local onde, em 1996, a banda teve a sua primeira grande exposição a um público mais alargado e independente, convida todos os presentes a embarcarem numa verdadeira viagem às origens do grupo. O Kapa Dêch foi fundado em 1996 por quatro jovens, motivados pela missão de dar maior representatividade à música moçambicana nos palcos internacionais, inspirando-se em referenciais como Ghorwane, Alambique e Grupo RM, assim como em artistas africanos e internacionais como Stimela, Osibisa, Salif Keita e Mory Kanté.
À beira de celebrar o seu 30.º aniversário, marcado para 2026, o Kapa Dêch reafirma-se como uma referência incontornável da música em Moçambique, perpetuando a criatividade, a memória e o orgulho cultural do país.